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EUA avaliam revogar vistos de novas autoridades brasileiras

Departamento de Estado consultou Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo para ampliar lista de possíveis sanções

O Departamento de Estado dos iniciou uma nova etapa de análise para avaliar a revogação de vistos de mais autoridades brasileiras, segundo informações divulgadas nesta semana. A medida dá continuidade à política americana de sanções contra figuras consideradas envolvidas em violações de direitos humanos ou abusos institucionais.

Fontes diplomáticas confirmaram que representantes do governo americano consultaram o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o jornalista Paulo Figueiredo, buscando informações e indicações de nomes a serem avaliados pelo governo Donald Trump.

No entanto, o Departamento de Estado esclareceu que cada caso será analisado individualmente, e que a consulta não implica punição automática.

Relações entre EUA e Brasil em momento delicado

O novo mapeamento ocorre em meio a tensões crescentes nas relações bilaterais entre Washington e Brasília. Apesar de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva manter um canal diplomático aberto com Trump, as diferenças sobre temas internacionais — como a crise na e os embates sobre direitos humanos e liberdade de expressão no — têm gerado atritos.

Diplomatas brasileiros informaram que, durante o encontro previsto entre Lula e Trump, o chefe do Executivo pretende “marcar posição sem comprar briga”, buscando manter diálogo sem agravar as divergências políticas.

Críticas dos EUA a Alexandre de Moraes

A Casa Branca e o Departamento de Estado voltaram a criticar o ministro Alexandre de Moraes, do Tribunal Federal (STF), classificando-o como “violador de direitos humanos” em nota recente. A reacendeu a polêmica sobre a atuação do magistrado em investigações envolvendo políticos e comunicadores no Brasil.

Autoridades já afetadas por sanções

O governo americano já havia revogado vistos de oito ministros do STF e de membros do governo Lula, incluindo o Advogado-Geral da União, Jorge Messias, e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Além disso, Alexandre de Moraes e sua esposa, Viviane Barci de Moraes, foram sancionados sob a Lei Magnitsky, legislação que prevê restrições financeiras, bloqueio de bens e proibição de entrada nos Estados Unidos.

As sanções se somam a uma ofensiva diplomática mais ampla de Washington, que tem buscado pressionar governos acusados de violações democráticas ou repressão a opositores políticos.


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