Frascos Da CoronaVac Têm Menos Do Que 10 Doses, Aponta Cosems Sp Anvisa Descarta Hipótese Frascos Da CoronaVac Têm Menos Do Que 10 Doses, Aponta Cosems Sp Anvisa Descarta Hipótese

Frascos da CoronaVac têm menos do que 10 doses, aponta Cosems/SP: Anvisa descarta hipótese

Avaliação realizada pelo Cosems-SP apontou que 44,4% dos frascos analisados renderam menos que dez doses

Uma avaliação sobre a CoronaVac realizada pelo Cosems-SP (Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo), com apoio do Observatório Covid-19 BR, apontou que 44,4% dos frascos analisados renderam menos que as 10 doses preconizadas pelo Instituto , fabricante e distribuidor da vacina.

A experiência contou com participação de profissionais de nove municípios paulistas: Araçatuba, Araraquara, Cravinhos, Descalvado, Francisco Morato, Franco da Rocha, Mogi Mirim, Santana do Parnaíba e Votorantim.

Cada uma das cidades indicou uma enfermeira para ficar responsável pela avaliação nos postos de vacinação já existentes. Foi montado um formulário para registro dos dados.

Segundo o Cosems, a avaliação foi realizada durante as atividades já implementadas para a campanha de vacinação contra a covid-19, sem nenhuma interferência no processo. Houve a supervisão de um enfermeiro e os insumos utilizados para a aspiração eram os mesmos.

Apenas um município utiliza seringas e agulhas adquiridas pela prefeitura, os demais utilizam as enviadas pelo Ministério da Saúde e Secretaria de Estado da Saúde.

Histórico

De acordo com o Cosems, em abril, aumentaram os relatos de equipes e gestores municipais de que os frascos da CoronaVac não rendiam as 10 doses, conforme indicado pelo fabricante. Segundo os depoimentos, frascos que anteriormente rendiam de 10 a 12 doses, em alguns locais, passaram a render entre 8 e 9 doses.

Diante da escassez de e cobrança pelos órgãos reguladores sobre a correta utilização das doses enviadas, a situação teria causado apreensão nos gestores municipais. O Cosems teria então orientado as cidades a fazer queixa técnica para o Centro de Vigilância Sanitária.

Em 5 de março, a (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) concedeu uma autorização ao Butantan para reduzir o volume do frasco de 6,2 ml para 5,7 ml. Desde então, as equipes de vacinação passaram a relatar queda de rendimento dos frascos.

“Diante do resultado da avaliação, o Cosems/SP comunicou formalmente ao secretário de Estado da Saúde e ao diretor do Instituto Butantan, solicitando providências, com o objetivo de sanar este problema o mais rápido possível, pois o número menor de doses influencia diretamente nas aplicações das vacinas nas unidades de saúde”, informou o Cosems.

Nota do Butantan

Em nota, o Instituto Butantan informou que uma inspeção da Vigilância Sanitária Municipal de São Paulo, com apoio remoto do CVS (Centro de Vigilância Sanitária) do Estado e da Anvisa, realizada em 20 de abril, não encontrou nenhuma inadequação na linha de envase da CoronaVac, “confirmando as boas práticas de fabricação”.

“Conclui-se que não há indícios que corroborem para a hipótese de que o Instituto Butantan esteja fabricando a vacina CoronaVac com volume inferior ao preconizado. Portanto tal hipótese foi descartada e as investigações referentes ao produto foram concluídas”, informou a Anvisa em documento.

Segundo o instituto, cada frasco da vacina contém nominalmente 10 doses de 0,5 ml cada, totalizando 5 ml, e ainda é envasado conteúdo extra, chegando a 5,7 ml por ampola: “Esse volume, devidamente aprovado pela Anvisa, é suficiente para a extração das 10 doses”.

A instituição garantiu que todas as notificações recebidas até o momento relatando suposto rendimento menor das ampolas foram devidamente investigadas: “Identificou-se, em todos os casos, prática incorreta na extração das doses nos serviços de vacinação. Portanto, não se trata de falha nos processos de produção ou liberação dos lotes pelo Butantan”.

É essencial que os profissionais de saúde sigam as orientações e práticas adequadas, no intuito de evitar perdas durante a aspiração da vacina, concluiu o comunicado do Butantan.

Anvisa

A Anvisa aponta que no início de março o Instituto Butantan fez uma alteração no volume de enchimento do frasco para 5,7 mL, com uma tolerância de mais ou menos 0,2 mL, representando uma faixa de 5,5 a 5,9 mL. 

“Os lotes fabricados a partir desta data apresentam-se visualmente com volume inferior aos lotes fabricados anteriormente”, aponta a agência. “Tal alteração foi prontamente notada pelos profissionais de saúde, que observaram a redução visual no volume do frasco. Contudo, tal redução não necessariamente representa um desvio no produto.” 

Ainda segundo o órgão regulador da saúde, além das diferenças visuais de volume, profissionais detectaram “que muitas vezes não era possível extrair dez doses dos frascos”.

Fontes: R7 | Acidadeon


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