Governo vai vacinar todos os adultos de cidade paulista em experiência

Ministério da Saúde também testará em massa e sequenciar geneticamente os casos positivos para estudar novas cepas do coronavírus

O Ministério da Saúde vai promover a vacinação de todos os adultos contra o coronavírus, além de fazer testagem em massa e sequenciar geneticamente o vírus em todos os casos positivos. A notícia é ótima, mas infelizmente ainda restrita a Botucatu, cidade de 150 mil habitantes no interior de São Paulo.

Trata-se de uma pesquisa para entender os efeitos da vacinação em massa e o efeito do imunizante sobre as diferentes cepas de coronavírus que circulam no Brasil.

A vacina aplicada em massa será a Oxford/AstraZêneca, desenvolvida em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz, e ainda não há data exata para a pesquisa começar, mas a ideia é imunizar 106 mil pessoas (100% da população acima de 18 anos) e testar muito, para poder identificar e sequenciar cada caso positivo e saber qual a cepa e como a doença evoluiu em pacientes vacinados.

O experimento foi aprovado pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) e é parecido com a vacinação em massa que o governo de São Paulo fez em outra cidade do interior, Serrana, mas com a Coronavac, do Instituto Butantã com a chinesa Sinovac.

Importância da pesquisa

O secretário de Ciência e Tecnologia do MS, Hélio Angotti, pontua que a pesquisa trará informações cruciais para o planejamento da imunização em todo o país. “Nós poderemos ter mais informações dessas variantes e da relação com a vacina. É uma pesquisa muito importante, eu diria não só para o Brasil, mas para o mundo inteiro”, disse ele ao site da pasta.

“O grande diferencial desse projeto é o sequenciamento genético de todos os casos positivos, não só de uma amostragem. Ou seja, todos os casos positivos, num período de oito meses de estudo, serão sequenciados para saber exatamente qual é a cepa e avaliar exatamente qual é a efetividade da vacina da AstraZeneca com relação a casos graves, internação, necessidade de ventilação mecânica e óbito”, reforçou o secretário municipal de Saúde de Botucatu, André Spadaro.

“Então, são informações importantes não só localmente, mas para o Ministério da Saúde, governo federal e toda a comunidade científica internacional”, completou.

Fonte: Metrópoles

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