Indicado por Bolsonaro a vice de Nunes questiona silêncio da direita sobre operação da PF

Indicado de Bolsonaro para vice-prefeito em São Paulo cobra posicionamento de políticos sobre operação da Polícia Federal

O indicado de Jair Bolsonaro (PL) para ser vice de Ricardo Nunes (MDB) na próxima eleição para prefeito de São Paulo, o coronel da Polícia Militar de São Paulo, Ricardo Mello Araújo, utilizou sua conta do Instagram na segunda-feira (12) para postar um vídeo. Neste, ele cobra um posicionamento de políticos da direita acerca da operação realizada pela Polícia Federal na última quinta-feira (8).

A investigação sobre um suposto plano para a execução do que seria, conforme o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, a coordenação de um golpe de Estado para preservar Bolsonaro na presidência, teve como alvos o ex-chefe de Estado, antigos ministros e líderes políticos.

Quando discutiu sobre a prisão de Valdemar Costa Neto, o presidente do PL, Mello Araújo expressou que este é o maior partido político do Brasil. Ele também manifestou surpresa, pois em vez de ser acusado de porte ilegal de arma, deveria ser posse ilegal, já que a arma estava dentro da residência do presidente do PL.

“Cansei de prender gente criminosa de alta periculosidade armada próximo a praticar um roubo ou um assalto e no mesmo dia, [por ser] um crime afiançável, são soltos e me surpreendeu a prisão dele [do Valdemar]”, alegou.

Na publicação, o coronel aumentou a intensidade de sua crítica ao perguntar onde estavam os políticos de direita do Brasil que permaneceram em silêncio sobre a operação. Ele exigiu declarações daqueles que se “elegeram nas costas de Bolsonaro”, uma referência direta ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

“Eu gostaria de ouvir nossos representantes de direita, temos eleições municipais chegando e os grandes líderes da direita não se manifestaram. Cadê os deputados, os senadores, os governadores de estado? Os governadores têm uma responsabilidade grande, muitos foram eleitos nas costas do nosso presidente Bolsonaro e esses governadores precisariam se manifestar pra gente até entender se está certo ou se está errado, porque o povo está meio perdido e precisa ouvir a voz de quem a gente votou e elegeu. Cadê o povo da direita se manifestando?”, questionou.

Durante a operação realizada no dia 8 de fevereiro, Bolsonaro se tornou um dos principais alvos de busca e apreensão. Valdemar Costa Neto foi detido em flagrante por possuir uma arma com registro expirado em sua residência. Alexandre de Moraes converteu sua detenção em prisão preventiva e não estabeleceu um prazo para a liberação do presidente do PL. As informações são da Gazeta do Povo.

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