Marco Aurélio Mello é atacado pelo coordenador do Prerrogativas
Ministro aposentado do STF critica decisão que autorizou operação contra Bolsonaro e aliados
Governador de Santa Catarina é o único a manifestar apoio público ao ex-presidente
Conforme as investigações sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro progridem, é notada uma mudança significativa na postura dos políticos eleitos sob a bandeira bolsonarista. Até agora, apenas o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), expressou apoio público ao ex-presidente, em contraste com o silêncio ou afastamento dos outros aliados políticos.
Cinco dias depois de ser revelada uma “reunião golpista” encabeçada por Bolsonaro em julho de 2022, Mello foi o único a tomar sua defesa, diminuindo a relevância das investigações da Polícia Federal e reafirmando a integridade de Bolsonaro. “Não tem impacto nenhum”, afirmou Jorginho, desconsiderando as acusações como esforços inúteis para identificar falhas inexistentes.
Em 2022, Bolsonaro conseguiu uma vitória significativa em 14 dos 27 estados durante as eleições, com o respaldo notável de governadores eleitos. Contudo, a configuração atual das alianças está claramente mudando, com governadores de estados onde Bolsonaro recebeu muitos votos, tais como Roraima, Rondônia e Acre, escolhendo se aliar estrategicamente ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva ou se concentrando em desafios internos.
A ausência de tomada de posição por parte dos líderes políticos de direita a respeito das investigações contra Bolsonaro suscita dúvidas sobre a unidade e o destino desse espectro ideológico. Mello Araújo, coronel reformado da PM e vice na corrida para a reeleição do prefeito de São Paulo, manifestou inquietação com a falta de pronunciamento dos governadores, sublinhando a importância da transparência para os eleitores.
Embora alguns governadores, como Tarcisio Freitas (Republicanos) de São Paulo e Claudio Castro (PL) do Rio, optem por abordagens mais cautelosas ou desviem do assunto, outros lidam com suas próprias dificuldades. Por exemplo, Antonio Denarium (PP) de Roraima está lidando com problemas policiais relacionados à sua propriedade, enquanto Gladson Cameli (PP) do Acre enfrenta desafios jurídicos.
A circunstância revela uma complicada dinâmica política, na qual alguns líderes regionais escolhem se afastar de Bolsonaro, enquanto outros, como Ronaldo Caiado (União) de Goiás, já estão planejando suas próximas estratégias para futuras competições eleitorais. Este panorama evidencia a instabilidade das alianças políticas e o efeito das investigações em andamento sobre a reputação e o apoio ao ex-presidente Bolsonaro.
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