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Embaixador israelense falou em ‘grave ameaça à paz e à segurança globais’
Israel pediu uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU para debater os ataques iranianos ao seu território. No sábado, por meio de uma declaração, o embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, convocou o conselho a condenar os atos do Irã e a classificar a Guarda Revolucionária como uma organização terrorista.
“O ataque iraniano constitui uma grave ameaça à paz e à segurança globais e espero que o Conselho utilize todos os meios para tomar medidas concretas contra o Irã”, exortou o representante de Israel.
Erdan afirmou que o Irã, país persa, disparou mais de 200 drones, mísseis cruzeiros e mísseis balísticos em direção a Israel, em uma ação que ele considera uma “clara violação” da Carta da ONU.
Entenda o ataque
No sábado, 13, o Irã realizou um ataque direto sem precedentes contra Israel, transformando a “guerra na sombra” que ambos os países vinham conduzindo há anos em um confronto explícito. O exército israelense calcula que cerca de 200 drones e mísseis de cruzeiro foram lançados a partir do Irã, em resposta a um ataque aéreo de Israel no início de abril à embaixada iraniana em Damasco, que resultou na morte de altos líderes iranianos. Israel afirmou que a maioria dos mísseis e drones foi interceptada, resultando em danos mínimos.
Relatos indicam ataques contra “Israel” provenientes também de aliados do Irã, como os houthis, no Iêmen, o Hezbollah, no Líbano, e milícias xiitas no Iraque.
O sistema de defesa aérea de Israel, conhecido como Domo de Ferro, foi ativado em todo o país. Em Jerusalém, sirenes de ataque aéreo ecoaram e uma série de explosões foi detectada no céu, sugerindo que o “Domo de Ferro” havia interceptado drones ou mísseis.
O órgão responsável pelo atendimento de emergência em Israel relatou que um garoto de 10 anos, residente de Arad, sofreu ferimentos graves, enquanto outros cidadãos israelenses tiveram ferimentos leves ao correrem para refúgios antiaéreos.
O espaço aéreo de Israel, Líbano, Jordânia e Iraque foi interditado. De acordo com um funcionário de defesa israelense, que manteve o anonimato para seguir o protocolo militar, dezenas de aeronaves militares de Israel estavam voando sobre o seu próprio espaço aéreo, preparadas para derrubar aeronaves iranianas.
A informação adicional de uma fonte de Israel indicou que o país poderia buscar derrubar aeronaves que se aproximassem antes de ingressarem em seu espaço aéreo. O jornal Haaretz, de Israel, relatou que aviões jordanianos também interceptaram dezenas de drones lançados contra Israel.
Um oficial da defesa americano disse que os EUA também estavam abatendo os drones lançados pelo Irã. “Nossas forças permanecem posicionadas para fornecer apoio defensivo adicional e proteger as forças dos EUA que operam na região”, disse o oficial, sob condição de anonimato.
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