Um jatinho da J&F Investimentos, holding controlada pelos irmãos Wesley e Joesley Batista, realizou um voo relâmpago para Caracas, na Venezuela, ignorando recomendações recentes dos Estados Unidos para que aeronaves civis evitem o espaço aéreo venezuelano devido a riscos à segurança.
A aeronave pousou na capital venezuelana às 5h14 de domingo (23) e permaneceu no país até a manhã de segunda-feira, quando decolou às 7h53 com destino ao aeroporto Catarina, em São Paulo.
De acordo com o UOL, o deslocamento surpreendeu operadores do setor aéreo. O alerta emitido pela Federal Aviation Administration (FAA) dois dias antes recomendava que voos civis não cruzassem o território venezuelano, citando riscos relacionados à escalada de tensão entre o presidente norte-americano Donald Trump e o ditador venezuelano Nicolás Maduro.
Após o aviso da FAA, várias companhias aéreas internacionais suspenderam viagens ao país — decisão que gerou críticas do regime chavista.
O voo do jato da J&F está registrado na plataforma de rastreamento ADS-B Exchange.
O bate e volta do domingo não é um caso isolado. Em fevereiro de 2024, sites especializados em aviação registraram um tráfego intenso da mesma aeronave entre Cuba e Venezuela, com viagens repetidas desde novembro de 2023.
Monitoramentos apontam que o Gulfstream da J&F realizou ao menos três deslocamentos entre Havana e Caracas no início de fevereiro de 2024. As operações ocorreram em datas próximas, com padrões semelhantes de pousos e decolagens, sempre sem divulgação pública de detalhes por autoridades aeronáuticas dos dois países.
PP-BFB | E49952
— Falcon (@FlconEYES) February 17, 2024
Registrado a: J&F Investimentos SA (corruptos)
Comunistas oligarcas y fascinerosos brasileños financiando el comunismo desde La Habana y
Go$$aderas en #Nassau.#Caracas, #Venezuela–#Cuba–#Caracas–#Bahamas–#Habana#News #ADSB #cuavion #planespotting #Cuba #17Feb pic.twitter.com/5NrLJTIbyh
Empresas vinculadas à J&F têm negócios relevantes no Caribe e na América do Sul. A holding atua como exportadora de carne brasileira para Cuba e também importa energia elétrica da Venezuela para o Brasil, o que ajuda a explicar a frequência de voos privados entre os países.
