Daniela Carneiro, Ministra Do Turismo, Ao Lado Do Marido, Waguinho, E Do Presidente Lula Daniela Carneiro, Ministra Do Turismo, Ao Lado Do Marido, Waguinho, E Do Presidente Lula

Marido de Daniela do Waguinho demitiu quem não apoiou Lula, segundo servidores

‘O prefeito sempre pagou quando quis e quanto quis’, denuncia professora da cidade

Ex-funcionários da Prefeitura de Belford Roxo, no Rio de Janeiro, afirmam que foram demitidos pelo prefeito Wagner Carneiro (União Brasil), marido da ministra Daniela do Waguinho, por se recusarem a apoiar o presidente Luiz Inácio da Silva durante o segundo turno das eleições. A informação foi divulgada neste sábado, 28, pelo jornal Folha de S.Paulo.

Cerca de cinco servidores relataram ter sido exonerados por Waguinho ou que não receberam o salário a partir de outubro do ano passado. Na ocasião, eles contrariaram as orientações dos chefes para ir a comícios depois do trabalho.

A professora Simone Oliveira, 48, afirmou ter recebido seu último salário em 20 de setembro, antes do primeiro turno das eleições. Ela ainda deu aula durante todo o mês de outubro, mas não recebeu nada. Simone então cobrou a prefeitura, mas descobriu que seu contrato foi cancelado.

“Fui cancelada por apoiar o ex-presidente e não fui nas reuniões que eles obrigavam a ir”, explicou a professora. “Eles diziam: ‘Se não for, o nome vai ser anotado e vai ser exonerado.’”

Em nota, a prefeitura informou que as demissões aconteceram porque a gestão “criou uma estrutura administrativa, já aprovada na Câmara Municipal e que se algum servidor compareceu a evento político de qualquer candidato, foi de livre vontade”.

Outros quatro ex-servidores que não quiseram se identificar narraram episódios parecidos, mas que ocorreram nas pastas de e Saúde. Eles afirmam que não possuem dúvidas de que foram demitidos por seus posicionamentos políticos. Três deles ainda contam que, ao buscar justificativas, ouviram que estavam sendo observados nas redes sociais.

Em um dos grupos criados nas redes sociais para apoiar no Lula, uma administradora escreve: “Pessoal peço para que todos aqui do grupo estejam presentes amanhã lá no centro de Belford Roxo, o grupo foi criado para apoiar o candidato Lula, infelizmente muitos do que aqui estão, não estão comparecendo aos eventos do nosso grupo”. Em outro dia, ela escreveu: “Lembrando sempre que ninguém é obrigado a ir, tem que ir de coração“.

Waguinho no palanque

Algumas horas depois da vitória de Lula, o prefeito subiu em um palanque na praça de Heliópolis, próxima ao centro da cidade, e discursou: “Os traidores não ficarão mais conosco. E se você conhece algum Judas, denuncie, porque quem não chorou conosco na hora da luta, não pode sorrir conosco na hora da vitória”.

As pessoas que denunciaram as demissões à Folha foram exoneradas antes do “corte geral” realizado por Waguinho, em 31 de dezembro. Na ocasião, foi determinada a saída de todos os empregados temporários e comissionados da cidade. A dispensa gerou revolta no município.

Mesmo não recebendo salário, a maioria dos servidores segue trabalhando. Eles temem não serem recontratados nos processos seletivos que a prefeitura abriu em janeiro.

De acordo com a professora Simone, esse tipo de prática é comum nas gestões de Waguinho. “Fui exonerada umas cinco vezes e voltei as cinco vezes”, relatou ela. “Todo ano é a mesma coisa, levar papel, ficha criminal. Ele sempre pagou quando quis e quanto quis.”

O Ministério Público do Rio de Janeiro está apurando as demissões em massa e recomendou a prefeitura, na quarta-feira 25, a abrir concursos públicos para equilibrar a proporção entre os cargos comissionados e efetivos.

O prefeito, contudo, readmitiu por decretos cerca de 400 servidores, entre eles estão pessoas que fizeram campanha para Daniela, que também é deputada federal, segundo o jornal Extra. O município informou que todas as pessoas que prestaram serviços até 31 de dezembro estão com os salários em dia, inclusive o 13°.  As informações são da Revista Oeste.


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  1. Essa pratica eh conhecida!
    Infelizmente, isso acontece em todo o país, principalmente em escolas, por ser curral eleitoral de partidos! Um crime cometido abertamente,sem proteção nenhuma para os funcionários reféns do aparelhamento do Estado e do Judiciário!

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