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Planalto e PT acusam Israel de “fake news” e endossam fala de Lula sobre Holocausto

Reação do Governo de Israel a Comentários de Lula sobre o Hamas Gera Acusações de ‘Fake News’ por Parte de Membros do PT

Depois do posicionamento do israelense em resposta ao infeliz comentário do presidente (PT), que equiparou a batalha contra o às mortes judaicas no Holocausto, Paulo Pimenta, chefe da Secom, e Gleisi Hoffmann, deputada e presidente do PT, acusaram o governo de de propagar “fake news” e apoiaram o que Lula disse.

Nas redes sociais, Pimenta afirmou que “o Brasil sempre, desde 7 de outubro, condenou os ataques terroristas do Hamas em todos os fóruns” e que “as palavras do presidente Lula sempre foram pela paz e para fortalecer o sentimento de solidariedade entre os povos”.

No entanto, Pimenta não mencionou a hesitação do governo Lula em rotular o Hamas como um grupo terrorista imediatamente após os ataques contra civis israelenses desarmados.

“Nossa solidariedade é com a população civil de Gaza, que está sofrendo por atos que não cometeram. Já são mais de 10 mil crianças mortas em Gaza.  O número de mortos em Gaza está próximo de 30 mil pessoas e, 70% dessas mortes são de mulheres. Ainda, existem cerca de 10 mil pessoas desaparecidas sob os escombros. Em torno de 1,7 milhão de palestinos não têm acesso a água potável, comidas e remédios. A comunidade internacional não pode calar diante do massacre de um povo que não pode sofrer um extermínio pelos crimes cometidos por um grupo que deve ser punido pelo que fez”, disse Pimenta pela rede social X, nesta domingo (18).

No domingo (18), durante a Cúpula da União Africana na Etiópia, Lula fez uma declaração. Ele criticou os países ricos que interromperam o financiamento à “Agência das Nações Unidas para Refugiados Palestinos” (UNRWA, na sigla em inglês). O governo de Israel acusa a UNRWA de colaborar com o Hamas.

É importante ressaltar que o Hamas celebrou a vitória de Lula nas eleições de 2022 e também divulgou uma nota no domingo (18), louvando o petista por sua declaração contra Israel.

Gleisi Hoffmann, seguindo o mesmo raciocínio de Pimenta, afirmou que as declarações de Lula não foram endereçadas ao povo de Israel, e sim ao “governo de extrema-direita de Israel”.

“Nada é tão cruel quanto o que vem sofrendo o povo palestino, vítima de uma política de extermínio orientada pelo preconceito e pelo ódio. O governo de extrema-direita de Israel está levando o país ao isolamento internacional e tem recebido a repulsa da civilização. Deveriam se envergonhar de seus crimes contra a humanidade. Parem com o massacre! Sentem-se à mesa para construir a paz, respeitando o direito de todos os povos à soberania e à justiça”, disse Gleisi pela rede social X.

No domingo passado, Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, afirmou que estabelecer uma comparação entre Israel, o Holocausto nazista e Hitler “é ultrapassar uma linha vermelha”.

“As palavras do presidente do Brasil são vergonhosas e graves. Isso se trata de banalizar o Holocausto e tentar prejudicar o povo judeu e o direito de Israel de se defender”, afirmou o primeiro-ministro.

Na manhã de segunda-feira (19), foi anunciado pelo chanceler israelense, Israel Katz, que Lula foi considerado “persona non grata” em Israel.

“A comparação do presidente brasileiro, Lula, entre a guerra justa de Israel contra o Hamas e as ações de Hitler e dos nazistas, que exterminaram 6 milhões de judeus, é um grave ataque antissemita que profana a memória daqueles que morreram no Holocausto. Não perdoaremos e não esqueceremos. Em meu nome e em nome dos cidadãos de Israel, informei ao Presidente Lula que ele é uma personalidade indesejável em Israel até que ele peça desculpas e se retrate de suas palavras”, disse o chanceler. As informações são da Gazeta do Povo.


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  1. Penso que o PT tem que pedir ao STF para incluir Israel no processo da Facknew. E chamar o Benjamin Netanyahu para se explicar.

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