Mãe de estudante acusa professora de ‘doutrinação’ em sala de aula
Uma docente em uma instituição educacional pública do Distrito Federal corrigiu o texto de uma estudante que citava o ministro Alexandre de Moraes, membro do Supremo Tribunal Federal (STF). Na redação, a aluna alegou que o juiz havia eliminado as leis no país. O evento aconteceu na quarta-feira 17, no Centro de Ensino Médio (CEM) 1 do Gama.
A docente esclareceu que a elaboração de leis não é responsabilidade do Poder Judiciário, mas sim do Legislativo. Posteriormente, a aluna contatou sua mãe e compartilhou o que a professora tinha dito.
De imediato, a tutora da estudante enviou uma mensagem de áudio via WhatsApp para a supervisora do colégio, com o objetivo de criticar o comportamento da docente, o qual ela rotulou como “doutrinação”.
Segundo o site Metrópoles, a mãe da estudante afirmou que “esfregaria o celular na cara” da professora para provar que a educadora estava equivocada.
Posteriormente, a progenitora da aluna compareceu ao estabelecimento de ensino em pessoa, reiterou as ameaças e afirmou que iria “atrás dos [próprios] direitos”. De acordo com o diretor da instituição, a docente apresentou um atestado médico que a excluiu das tarefas de trabalho por um período de 30 dias, devido a um alegado distúrbio psicológico.
Comissão da Educação investiga caso envolvendo citação ao nome de Alexandre de Moraes
A Comissão de Educação, Saúde e Cultura (Cesc) da Câmara Legislativa do Distrito Federal, liderada pelo deputado distrital Gabriel Magno (PT), divulgou uma nota de repúdio em apoio à professora. Adicionalmente, a Cesc declarou que ocorreu um “ataque direto à liberdade de cátedra”.
A organização manifestou apoio e declarou, em nota, que acredita em uma “sociedade igualitária, fraterna e livre de opressões e discriminações”.
A Secretaria de Educação do Distrito Federal comunicou que “agiu prontamente” ao ser notificada sobre o “incidente” na escola, informando à Coordenação Regional de Ensino do Gama sobre a situação.
A secretaria adicionou que, se preciso, adotará medidas administrativas adicionais, conforme as leis em vigor. As informações são da Revista Oeste.