Ciro Gomes Foto Agência Brasil José Cruz Ciro Gomes Foto Agência Brasil José Cruz

Sem provas, Ciro Gomes culpa Jair Bolsonaro por ser alvo de operação da PF

Ex-governador do Ceará acusou o presidente da República de transformar “o Brasil em um Estado Policial”

O pré-candidato à Presidência pelo PDT, , culpou o presidente Jair Bolsonaro pela operação realizada pela Polícia Federal (PF) contra ele, na manhã desta quarta-feira (15), como parte da apuração de supostas irregularidades nas obras da Arena Castelão para a Copa do Mundo de 2014. Pelas redes sociais, Ciro disse que “Bolsonaro transformou o Brasil num Estado Policial”.

– Até esta manhã, eu imaginava que vivíamos, mesmo com todas imperfeições, em um país democrático. Mas depois da Polícia Federal subordinada a Bolsonaro, com ordem judicial abusiva de busca e apreensão, ter vindo à minha casa, não tenho mais dúvida de que Bolsonaro transformou o Brasil num Estado Policial que se oculta sob falsa capa de legalidade – escreveu.

Ciro também afirmou que o Castelão foi o estádio “mais econômico e transparente já feito para a Copa do Mundo” e disse não ter “nenhuma ligação com os supostos fatos apurados” por não exercer “nenhum cargo público relacionados com eles”.

– Nunca mantive nenhum tipo de contato com os delatores. O que, aliás, o próprio delator reconhece quando diz que nunca me encontrou. Tenho 40 anos de vida pública e nunca fui acusado nem processado por corrupção. Não tenho dúvida de que esta ação tão tardia e despropositada tem o objetivo claro de tentar criar danos à minha pré-candidatura à Presidência da República – afirmou.

Por fim, o ex-governador do Ceará afirmou que “essa história não ficará assim” e que vai “até as últimas consequências legais para processar” os que tentarem atacá-lo.

– Meus inimigos nunca me intimidaram e nunca me intimidarão. Ninguém vai calar a minha voz – completou.

O CASO

A Polícia Federal deflagrou, nesta quarta-feira (15), uma operação para desarticular um esquema de fraudes envolvendo as obras do estádio Castelão, em Fortaleza, no Ceará. Ao todo, 80 policiais federais cumprem 14 mandados de busca e apreensão expedidos pela 32ª Vara da Federal.

A corporação indicou que os fatos apurados teriam a participação de Ciro e de seu irmão, o senador Cid Gomes (PDT-CE). Os investigados poderão responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de lavagem de dinheiro, fraudes em licitações, associação criminosa, além das práticas de corrupção ativa e passiva.


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