Uma vacina contra o coronavírus que pode ser engolida como uma pílula e administrada em casa poderia começar os testes clínicos em um futuro próximo, depois que seus desenvolvedores relataram dados preliminares promissores.
O remédio pioneiro, chamado Oravax, está sendo desenvolvido pela israelense-americana Oramed Pharmaceuticals e pela indiana Premas Biotech. As duas empresas se uniram para criar a Oravax Medical Inc., que espera combinar a tecnologia de administração oral da Oramed com a experiência em vacinas de Premas para criar um novo método de inoculação contra Covid-19.
Um estudo piloto realizado em animais descobriu que a vacina oral ajudou a produzir anticorpos que criam imunidade contra o vírus, afirma a empresa. Os resultados promissores foram alcançados com a administração de uma única cápsula de Oravax, potencialmente diferenciando o medicamento de algumas das outras vacinas que requerem duas doses.
Prabuddha Kundu, cofundador da Premas Biotech, disse à mídia indiana que administrar a vacina seria “como tomar uma pílula de vitamina” e que “temos mais de 100% de certeza de que a tecnologia funciona e é promissora”. Os resultados dos testes preliminares em animais logo seriam publicados em uma revista científica, acrescentou.
O CEO da Oramed, Nadav Kidron, disse ao Jerusalem Post que a droga oral eliminaria problemas logísticos que surgiram de campanhas de vacinação em massa em todo o mundo, e que a pílula poderia até mesmo ser tomada por indivíduos no conforto de suas casas.
O medicamento pode ser transportado à temperatura da geladeira e até armazenado em temperatura ambiente, amenizando alguns dos problemas de algumas vacinas tradicionais, que devem ser mantidas extremamente frias antes do uso. Kidron também afirmou que a administração oral da vacina pode resultar em menos efeitos colaterais.
As cápsulas se tornariam particularmente úteis se as vacinas Covid-19 fossem eventualmente “recomendadas anualmente como a vacina contra a gripe padrão” , disse ele.
A Oravax Medical está atualmente se inscrevendo para realizar testes em humanos em vários países, incluindo Estados Unidos, Israel, México e Europa. Os estudos podem começar já em julho.
Fonte: RT
