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Advogado criminalista defende prisão preventiva de Lulinha e bloqueio de bens após denúncias envolvendo o “Careca do INSS”

Jurista Jeffrey Chiquini cita risco de fuga e necessidade de garantir aplicação da lei penal

O advogado criminalista e professor de Direito Jeffrey Chiquini defendeu, nesta sexta-feira (5), a prisão preventiva de Fábio Luís da Silva, o Lulinha, após novas revelações sobre o caso que envolve o empresário Edson Claro Medeiros Jr. e Antônio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do . A manifestação foi publicada por Chiquini na rede social X.

Depoimento aponta repasses milionários a Lulinha

Medeiros Jr., ex-funcionário de Antônio Carlos, afirmou em depoimento à (PF) que o antigo chefe teria repassado R$ 25 milhões ao filho do presidente Lula, além de uma mensalidade de R$ 300 mil. Ele entregou parte do material à PF e detalhou como, segundo sua versão, os pagamentos eram realizados.

Com base nessas acusações, Chiquini sustenta que Lulinha — atualmente na Espanha — deve ser preso preventivamente.
“Ora, a decretação da sua prisão preventiva é medida necessária e essencial para assegurar a aplicação da lei penal, a fim de evitar que se furte à responsabilidade”, escreveu o advogado.

Ele também defendeu o bloqueio imediato dos bens do investigado, segundo ele para “evitar o perecimento do objeto dos crimes”.

Ligação com a World Cannabis e relatos de ameaça

As investigações da PF apontam que Lulinha teria participado de articulações políticas da empresa Cannabis, que atua no setor de cannabis medicinal nos Estados Unidos, Portugal e Brasil.

Após a Operação Sem Desconto, deflagrada em abril, Medeiros Jr. rompeu com o Careca do INSS e relatou ter sido ameaçado de morte durante uma reunião. Também afirmou que Lulinha seria sócio oculto da empresa em Portugal, embora os registros oficiais indiquem apenas os nomes de Antônio Carlos e seu filho Romeu Antunes, proprietários da Candango Consulting, sediada no Porto.

Chiquini diz que mudança para a Espanha teria sido “fuga”

O jurista argumentou ainda que a ida de Lulinha para Madri, em julho, sob justificativa de consultoria, teria outro objetivo:
Agora o Brasil sabe a verdade: ele fugiu com dinheiro que teria sido roubado do INSS”, afirmou. Para Chiquini, uma eventual prisão preventiva deveria ser seguida de pedido de extradição por parte do Ministério da Justiça.

Contexto político e avanço das investigações

As denúncias citadas pelo advogado estão entre os elementos que motivaram pedidos para que Lulinha fosse ouvido pela CPMI do INSS. Contudo, a convocação foi rejeitada por 19 votos a 12.

Enquanto o inquérito avança, permanecem em aberto as disputas comerciais e conflitos relatados entre Careca e Edson Claro — elementos que, segundo a PF, também influenciam o andamento do caso.


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