No fim de semana, a Associated Press divulgou um relatório reconhecendo que “Califórnia e Flórida tiveram resultados quase idênticos nas taxas de casos COVID-19”, apesar da Califórnia impor algumas das medidas de bloqueio mais draconianas nos Estados Unidos. Unidos sob o governador democrata Gavin Newsom e a Florida permaneceram em sua maioria abertas sob o governador republicano Ron DeSantis.
De acordo com o Worldometer, ambos os estados têm taxas de casos e taxas de mortalidade semelhantes, apesar de suas políticas muito diferentes (assim como a grande população de idosos da Flórida, que é particularmente vulnerável ao COVID-19). Outro exemplo, observa a AP, é a comparação entre Connecticut e Dakota do Sul, que “estão entre os 10 piores estados em termos de taxas de mortalidade por COVID-19”, de acordo com os Centros para Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA.
“Enquanto muitos outros estados continuaram prendendo pessoas durante esses meses, a Flórida encorajou as pessoas”, argumentou DeSantis em seu discurso anual sobre o estado do estado no início deste mês. “As escolas da Flórida estão abertas e somos um dos poucos estados onde todos os pais têm o direito de mandar seus filhos para a escola pessoalmente. Todos os moradores da Flórida têm o direito de ganhar a vida, e nossos cidadãos têm empregos mais elevados do que a nação como um todo. Cada trabalho é essencial «.
“Fechamentos são um luxo para quem pode trabalhar de casa, muitos deles ricos”, observou ele. “Muitos que moram na florida não conseguem fazer seu trabalho em um computador, eles precisam sair de casa.”
Uma das maiores diferenças entre os estados conservadores e liberais é a questão da exigência do uso de máscaras nas ruas. Nos primeiros dias do surto, o CDC e o cirurgião-geral dos Estados Unidos, Jerome Adams, se posicionaram contra o uso de máscaras, assim como o conselheiro do COVID da Casa Branca, Dr. Anthony Fauci, alegando que eram ineficazes para bloquear o COVID. Mas o público mais tarde soube que as autoridades de saúde realmente queriam desencorajar o público em geral de comprar máscaras para conservar o suprimento para os profissionais de saúde.
Embora os bloqueios, que causaram centenas de milhares de perdas de empregos e fechamentos de empresas, pareçam ter pouco efeito sobre a propagação do vírus em si, foram responsáveis por um aumento nas mortes por outro motivo: suicídios provocados pelo isolamento social.
Em julho passado, o diretor do CDC, Dr. Robert Redfield, admitiu que “o custo para nossa nação de manter essas escolas fechadas é substancial”, especialmente o custo mental e emocional. “Estamos vendo, infelizmente, suicídios muito maiores agora do que mortes de COVID”, disse ele. “Estamos vendo muito mais mortes por overdose de drogas que estão acima do excesso que tínhamos no fundo do que mortes por COVID”.
Ainda assim, alegam os conservadores, muitos democratas e os sindicatos de funcionários públicos que os apóiam continuam a resistir à reabertura de escolas públicas para aprendizagem presencial.
Fonte: AP
