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Câmara deleta parte de vídeo em que Felipe Neto chama Lira de ‘excrementíssimo’

O Presidente da Casa acionou a Polícia Legislativa para autuar o youtuber no crime de injúria qualificada

A parte do vídeo em que o youtuber Felipe Neto se refere ao presidente da , (PP-AL), como “excrementíssimo” foi removida do canal da Câmara no YouTube. O incidente ocorreu quando o youtuber participava remotamente do simpósio “Regulação de Plataformas Digitais e a Urgência de uma Agenda” na terça-feira, 23.

A princípio, a íntegra do simpósio foi disponibilizada pela TV em três vídeos. Entretanto, após a repercussão do caso, a primeira filmagem sofreu edição para remover completamente o depoimento de Felipe Neto. Na descrição do vídeo, adicionou-se a seguinte frase: “Versão editada em virtude de conteúdo ofensivo”.

Após a afirmação do influenciador, o chefe da Câmara solicitou a Polícia Legislativa para acusá-lo de insulto agravado. Em sua defesa, nas plataformas de mídia social, Felipe Neto afirmou que não pretendia prejudicar a reputação de Lira, mas sim fazer uma “piada”, com uma “opinião satírica” e “jocosa”.

Nas redes sociais, Lira expressou sua insatisfação com a “falta de civilidade, respeito e educação” na web. Ele afirmou: “Confunde-se liberdade de expressão com o direito a ofender, difamar e injuriar”, escreveu. “Foi o que fez o Sr. Felipe Neto em seminário na Câmara, meio público para o bom debate, mas que ele usou para escrachar e ganhar mídia e likes. Isso não é liberdade de expressão. É ser mal-educado.”

A pena para o crime de injúria pode variar de um a seis meses de encarceramento ou uma multa. No entanto, a penalidade é ampliada em um terço se o crime for cometido contra um “funcionário público, em razão de suas funções, ou contra os Presidentes do Senado Federal, da Câmara dos ou do Tribunal Federal”.

“Excrementíssimo”: Felipe Neto usa termo para se referir ao presidente da Câmara

O termo “excrementíssimo” foi uma maneira de substituir a palavra “excelentíssimo”, que é um pronome de tratamento comumente usado pelos parlamentares ao direcionar a palavra ao presidente da Câmara. Na ocasião, Felipe Neto fez uma alusão à palavra “excremento”, que pode significar fezes/urina ou então uma pessoa desprezível.

“É preciso fazer com que o povo esteja do nosso lado”, afirmou o influenciador. “Eles continuam acreditando na censura. É preciso que a gente fale mais, como o Marco Civil da Internet brilhantemente fez. E é possível que a gente altere a percepção do 2630, que infelizmente foi triturado pelo ‘excrementíssimo’ Arthur Lira.”

No começo de abril, Arthur Lira engavetou o PL 2630, uma proposta que visava regulamentar as redes sociais e monitorar a liberdade de expressão online.

Após uma reunião com líderes partidários da Câmara, o chefe de estado declarou a formação de um comitê para debater a questão das “fake news” e a regulamentação das redes sociais.

Lira opinou que o Projeto de Lei relatado pelo deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) “não ia a canto nenhum” na forma como foi apresentado. Além disso, ele ressaltou que o projeto proposto pelo relator estava “contaminado”. As informações são da Revista Oeste.


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