Evento em Pequim reunirá líderes de 26 países e celebrará os 80 anos da vitória chinesa na guerra contra o Japão
A China confirmou a realização de um desfile militar em Pequim, no próximo dia 3 de setembro, que terá a participação de 26 líderes estrangeiros convidados pelo presidente Xi Jinping. O Brasil será representado pela ex-presidente Dilma Rousseff, atual chefe do Novo Banco de Desenvolvimento dos BRICS, pelo assessor especial da Presidência, Celso Amorim, e pelo embaixador Marcos Galvão.
A celebração terá como foco os 80 anos da vitória chinesa na Guerra de Resistência contra a agressão japonesa e da chamada Guerra Antifascista Mundial, denominação adotada por Pequim para se referir à Segunda Guerra Mundial.
Presenças confirmadas no evento
Entre os convidados estão nomes de grande peso geopolítico, como o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o líder norte-coreano Kim Jong-un. Também confirmaram presença o presidente de Cuba, Miguel Diaz-Canel, o chefe de Estado do Zimbábue, Emmerson Mnangagwa, o presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, além do mandatário das Maldivas, Mohamed Muizzu.
Espera-se que a parada seja usada por Pequim como vitrine para apresentar ao mundo os equipamentos militares mais avançados já desenvolvidos pelo país, reforçando seu poderio em um momento de disputas estratégicas globais.
China enaltece caráter simbólico do desfile
Durante pronunciamento oficial, o ministro-assistente das Relações Exteriores, Hong Lei, destacou que a adesão de líderes de diferentes regiões reforça a importância política da celebração. Segundo ele, o encontro será guiado pelo lema: “Lembrando a História, Lembrando os Mártires, Valorizando a Paz e Criando o Futuro”.
Japão critica, e Pequim responde
A divulgação da lista de convidados ocorreu em meio a pressões diplomáticas. De acordo com a agência japonesa Kyodo, autoridades de Tóquio tentaram convencer países europeus e asiáticos a não enviarem representantes, sob o argumento de que as comemorações possuem um tom antijaponês.
Em reação, o porta-voz do governo chinês, Guo Jiakun, afirmou que o Japão só conseguirá superar os traumas históricos se reconhecer os crimes cometidos no passado e demonstrar respeito pelos povos que sofreram com a sua expansão militar.