Cerca de 5 mil obras viraram cinzas
Aproximadamente 5 mil livros foram queimados por um conselho de 23 escolas de Ontário, no Canadá. O ato ocorreu em um “ritual de purificação” contra “obras racistas”, em 2019. É o que informou reportagem da Radio-Canadá, na sexta-feira 10. Entre as obras, que constam em um documento de 165 páginas obtido pelo veículo, estavam romances, enciclopédias e histórias em quadrinhos, incluindo de personagens populares como Tintin e Astérix.
De acordo com os “professores”, o objetivo do evento era promover uma “reconciliação com os povos indígenas” ao se livrar de material que continha “representações inapropriadas” dessas comunidades. Um vídeo enviado aos alunos transmitiu a seguinte mensagem: “Nós enterramos as cinzas do racismo, da discriminação e dos estereótipos na esperança de que cresceremos em um país inclusivo, em que todos possamos viver em prosperidade e segurança.”
O grupo de “educadores” pertence a colégios católicos dos ensinos fundamental e médio, com aulas ministradas em francês. Depois da repercussão, os organizadores emitiram uma nota à Radio-Canada informando que se arrependem do evento. Além disso, prometeram “revisar” seu processo de “descarte de livros que consideram obsoletos.” Suzy Kies, suposta líder indígena que comandou o projeto, disse que as obras são “prejudiciais”.
Após o caso vir à tona nesta semana, Suzy Kies pediu demissão.