Comando Sul reforça cooperação com países vizinhos e amplia presença estratégica na região
O almirante Gregory Holsey, comandante do Comando Sul dos Estados Unidos (Southcom), iniciou uma visita oficial ao Caribe que inclui Antígua e Barbuda e Granada, com o objetivo de fortalecer a cooperação em segurança e vigilância marítima — especialmente nas áreas próximas à Venezuela.
Durante o encontro com o primeiro-ministro Gaston Browne, em Antígua e Barbuda, Holsey discutiu acordos bilaterais de segurança, inteligência e infraestrutura militar, que visam criar uma rede regional de monitoramento para conter atividades ilícitas transnacionais.
“Os esforços conjuntos são fundamentais para combater o tráfico e as redes criminosas internacionais”, afirmou Holsey, em referência ao chamado “Cartel dos Sóis”, grupo associado a militares venezuelanos acusado por Washington de envolvimento com o narcotráfico.
Expansão da presença americana no Caribe
A visita de Holsey faz parte de uma turnê estratégica que inclui reuniões com autoridades de Granada e outras nações caribenhas, em uma ação coordenada para ampliar alianças militares na região.
Fontes ligadas ao Departamento de Defesa norte-americano afirmam que a missão reforça o reposicionamento geopolítico dos EUA diante do crescente alinhamento da Venezuela com China, Rússia e Irã.
Desde que assumiu o comando do Southcom, em novembro, Holsey tem priorizado operações conjuntas e o fortalecimento de bases logísticas no entorno da América do Sul.
“A estabilidade regional é uma prioridade. Estamos expandindo nossa capacidade de resposta e proteção nas Américas”, declarou o almirante em nota oficial.
Contexto regional
A movimentação ocorre em meio a tensões crescentes entre Caracas e Washington, após novas sanções impostas pelo governo dos EUA contra o setor petrolífero venezuelano.
Analistas de defesa afirmam que a presença reforçada do Comando Sul no Caribe visa conter ameaças híbridas e impedir a instalação de infraestrutura militar russa em território venezuelano.