Maduro Mostra Cédula Eleitoral Onde Aparece 13 Vezes Maduro Mostra Cédula Eleitoral Onde Aparece 13 Vezes

Foto de Maduro aparece 13 vezes em nova cédula eleitoral da Venezuela e ele ironiza sobre ditadura

Conselho Nacional Eleitoral define disposição dos candidatos no documento; o opositor Edmundo González aparece três vezes

O ditador da , , apresentou uma nova cédula que deve ser usada nas eleições presidenciais de julho. No entanto, um detalhe chamou a atenção: o rosto do ditador aparece 13 vezes no cartão, inclusive nos dez primeiros espaços da primeira fileira. Ao apresentar a novidade em um programa de TV na última segunda-feira, 22, ele usou o fato para ironizar sobre o regime ditatorial. 

Os venezuelanos se preparam para as eleições presidenciais que acontecem daqui há três meses, em 28 de julho. Líder do regime, Nicolás Maduro está no poder desde 2013, quando Hugo Chávez morreu. É exatamente pela aproximação com o período eleitoral que a nova cédula foi apresentada ao povo da Venezuela.

Diferente do Brasil, a votação por lá acontece em cédula de papel. O cartão tem um espaço para cada partido, com as fotos dos respectivos candidatos. É importante ressaltar que a escolha de quem e quantas vezes aparece na cédula eleitoral não é aleatória. 

Segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), a disposição é definida a partir de critérios específicos, como os votos obtidos nas eleições anteriores e o tempo de registro da sigla. Já o número de vezes que o candidato aparece corresponde ao partido que ele representa na coalizão. Nicolás Maduro faz parte do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV).

Em tom irônico, o ditador comentou sobre a quantidade de vezes que aparece na cédula durante o programa Con Maduro +. “Maduro tem 13 cartões. Hegemonia. Candidato único. Ditadura”, alfinetou.

O presidente ainda continuou, com o tom sarcástico: “Não querem dizer que eu só tenho 13 cartões legais, como ocorreu nas outras eleições, porque temos 13 movimentos políticos, todos muito poderosos, da esquerda, do marxismo, do leninismo, do comunismo, do cristianismo, dos movimentos sociais, que apoiam unitariamente a candidatura”. 

A cédula foi oficialmente apresentada pelo presidente da Venezuela mesmo antes do fim do prazo dado pelo CNE para a escolha final dos candidatos dos partidos. O período aberto pelo Conselho encerrou na última terça-feira, 23. No entanto, isso não significa que o documento não possa ser modificado. O órgão ainda permitirá possíveis alterações durante a ‘janela’ de prorrogação.

Nicolás Maduro enfrentará Edmundo González Urrutia, escolhido pela Plataforma Democrática Unitária (PUD). O opositor do presidente aparece muito menos na cédula: três vezes.

O nome de González entrou oficialmente na disputa depois que outros possíveis candidatos tiveram o registro negado, como foi o caso da líder opositora Maria Corina Machado. Ela foi barrada do pleito e proibida de ocupar cargos públicos por 15 anos.

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