Deputado Federal Nikolas Ferreira Deputado Federal Nikolas Ferreira

Juíza rejeita pedido do PT para que Nikolas Ferreira exclua postagem sobre Marielle Franco

Deputado aponta Domingos Brazão como suposto mandante do assassinato de Marielle Franco baseado em delação de Ronie Lessa

A solicitação inicial do Partido dos Trabalhadores (PT) para que o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) remova publicações do Twitter/X foi rejeitada pela 2ª Vara Cível de Brasília. Nessas publicações, o deputado alegou que o responsável pelo assassinato da vereadora Marielle Franco é um membro do PT.

Nikolas Ferreira estava se referindo ao “petista” Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ). Ronnie Lessa, em uma delação, o acusou de ser o organizador do assassinato de Marielle.

No dia 23 de janeiro, o parlamentar afirmou que o enigma acerca do assassino de Marielle estava solucionado. Domingos Brazão seria o culpado.

Nikolas Ferreira escreveu em outra publicação que “Ronnie Lessa, acusado de matar Marielle Franco, delata Domingos Brazão como um dos mandantes do atentado a ex-vereadora”,

No texto publicado, o legislador compartilhou uma imagem mostrando o conselheiro usando um adesivo da ex-presidente Rousseff (PT) em sua camiseta, durante as eleições de 2014.

Caso Marielle Franco: para o PT, Nikolas Ferreira teria feito publicações “inverídicas”

De acordo com o PT, nas solicitações feitas à do Distrito Federal, as postagens de Nikolas Ferreira são “inverídicas e irresponsáveis”.

A legenda solicitou uma tutela de emergência para remover as postagens e proibir o legislador de “divulgar, compartilhar e propagar conteúdo” vinculado às publicações anteriores.

A juíza Vivian Lins Cardoso, ao recusar a solicitação do PT, acreditou que não poderia emitir a liminar sem o contraditório e a ampla defesa.

Conforme a magistrada, “se, de um lado, merece proteção o direito à honra e à imagem, de outro, vislumbram-se o direito de liberdade de expressão e a vedação à censura”. “Na colisão aparente entre direitos dessa envergadura, a análise de eventual abuso deve ser realizada com cautela, após oportunidade de contraditório e ampla defesa”, concluiu.


Veja também

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *