João Pedro Stédile critica governo israelense, defende ativistas e pede solidariedade à deputada Luizianne Lins
O líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, usou a rede social X nesta sexta-feira (3) para atacar o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, a quem chamou de “Hitler dos novos tempos”.
Na publicação, Stédile também qualificou Netanyahu como “racista e nazista” e comentou a interceptação da flotilha solidária à Palestina, da qual participava a ativista Greta Thunberg.
“A repressão do governo de Israel à flotilha solidária à Palestina é uma vergonha. Revela seu caráter racista e nazista”, escreveu.
O dirigente do MST enviou ainda mensagens de solidariedade aos “militantes presos”, destacando a situação da deputada petista Luizianne Lins (PT-CE), que estava a bordo da embarcação.
Israel rebate e nega transporte de ajuda humanitária
A interceptação gerou forte repercussão internacional. Ativistas afirmavam que a flotilha levava ajuda humanitária destinada a Gaza, mas o Ministério das Relações Exteriores de Israel contestou a versão.
“Nunca se tratou de levar ajuda a Gaza. Tratava-se das manchetes e dos seguidores em redes sociais”, disse o porta-voz Dean Elsdunne em vídeo divulgado on-line.
Segundo o governo israelense, a embarcação não carregava suprimentos ou doações, apenas ativistas que tentavam furar o bloqueio marítimo imposto na região em razão da guerra contra o grupo Hamas.
Situação de Luizianne Lins
De acordo com comunicado divulgado pela equipe da deputada, Luizianne estaria incomunicável há mais de 40 horas e detida no Centro de Detenção Ketziot, em Israel. A nota afirma que a parlamentar aguarda visita de representantes do serviço consular brasileiro.
Posição do governo brasileiro
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil repudiou a ação de Israel e exigiu a libertação imediata dos cidadãos brasileiros.
“O Brasil exorta o governo israelense a liberar imediatamente os cidadãos brasileiros e será responsabilizado por quaisquer atos ilegais e violentos cometidos contra a flotilha e contra os ativistas pacíficos”, disse a nota oficial.