Ministério Da Economia Identifica Possíveis Aumentos Ilegais Para Servidores Na Pandemia Ministério Da Economia Identifica Possíveis Aumentos Ilegais Para Servidores Na Pandemia

Ministério da Economia identifica possíveis aumentos ilegais para servidores na pandemia

Levantamento não é conclusivo e será avaliado pela AGU

Um levantamento do Ministério da Economia aponta que 63 municípios e sete estados, além do Distrito Federal, podem ter feito nomeações ou concedido reajustes, bônus ou gratificações a prefeitos, vice-prefeitos, secretários, além de servidores do Executivo e do Legislativo de forma ilegal desde o ano passado.

A Lei Complementar 173/2020, que garantiu recursos da União para o enfrentamento à pandemia do novo coronavírus pelos demais entes, exigia o congelamento dos salários do funcionalismo como contrapartida ao aumento de gastos com os repasses.

Ao todo foram detectadas 99 possíveis violações à lei por parte de governos estaduais, prefeituras e câmaras municipais – em alguns estados e municípios, há mais de uma suspeita de infração.

A maior parte das situações se referem a reajustes de salários, mas há também casos de criação de cargos, contratação de servidores não exclusivamente relacionados à saúde, criação de empresa pública, concessão de gratificações, incorporação de benefícios, entre outros.

Levantamento não é conclusivo e será avaliado pela AGU

O levantamento do Ministério da Economia não é conclusivo, por isso as ocorrências são tratadas como “possíveis violações”. A Gazeta do Povo encontrou na lista casos, por exemplo, em que reajustes concedidos ao funcionalismo ficaram restritos à inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o que é permitido pela legislação.

Há exceção também para contratação de pessoal, permitida para repor cargos vagos até o fim de 2021. Medidas que elevam despesa obrigatória acima da inflação estão permitidas, excepcionalmente, para ações diretamente ligadas ao combate dos efeitos da pandemia.

A proibição no aumento de gastos com pessoal até dezembro de 2021 garantirá uma economia de R$ 150 bilhões para a União, estados e municípios, segundo o ministro da Economia, Paulo Guedes. Em março, ele afirmou que a medida foi o que permitiu uma nova rodada do auxílio emergencial, cujos pagamentos foram retomados em 6 de abril.

O congelamento de salários do funcionalismo chegou a ser questionado em três ações abertas no Supremo Tribunal Federal (STF) por PT, PDT e Podemos. Todas acabaram rejeitadas por unanimidade no STF em julgamento no mês passado. Relator do caso, o ministro Alexandre de Moraes disse em seu voto que a pandemia de Covid-19 representa “condição imprevisível” e “de consequências gravíssimas”.

“A gravidade da emergência causada pela pandemia da Covid-19 exige das autoridades brasileiras, em todos os níveis de governo, a efetivação concreta da proteção à saúde pública, com a adoção de todas as medidas possíveis”, afirmou.

Segundo o Ministério da Economia, as informações do levantamento foram enviadas à Advocacia-Geral da União (AGU) para avaliar a possibilidade de recorrer ao STF para revogar os atos considerados ilegais. Até a publicação desta reportagem, a AGU não deu informações sobre o encaminhamento do relatório.

Fonte: Gazeta do Povo


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