Ministro Alexandre De Moraes Ministro Alexandre De Moraes

Moraes obedece a deputados capixabas e manda soltar Capitão Assumção

Ordem se baseou em decisão de 2019 do STF, reconhecendo o Legislativo prevalece sobre a Justiça

A decisão da Assembleia Legislativa do Espírito Santo de liberar o deputado Capitão Assumção (PL), preso por decisão do ministro Alexandre de Moraes, foi bem-sucedida. Ao contrário do que pareciam temer o Senado e a Câmara, a Assembleia enfrentou o Tribunal Federal (STF). Foi o próprio ministro quem emitiu o mandado de soltura naquela noite, conforme indicou o senador Magno Malta (PL-ES) em suas redes sociais.

A decisão dos parlamentares estaduais do Espírito Santo, aprovada por uma margem de 24 a 4 votos, se fundamentou em um veredito do STF, conforme revelado pelo jornalista Cláudio Humberto em sua coluna no Diário do Poder nesta quinta-feira (7).

Em 2019, os ministros do STF reconheceram que as assembleias legislativas têm o direito de anular decisões judiciais. Este reconhecimento ocorreu após um caso em que o Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) ordenou a prisão de deputados estaduais do Rio de Janeiro em 2017. No entanto, a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) ordenou sua libertação, mas dois dias depois, o mesmo TRF-2 ordenou sua prisão novamente.

A contenda sobre a autoridade de deter e liberar deputados culminaria no STF. Em 2019, este reconheceu, em um veredicto apertado (6 a 5), que a decisão da Alerj de anular os mandados de prisão tinha supremacia sobre a ordem dada pela justiça. Entre os seis ministros que concordaram com a decisão dos deputados estaduais estava Moraes.

A razão para a ordem de detenção seria a alegação de que o deputado Capitão Assumção desobedeceu a proibição de usar as redes sociais, uma restrição imposta por Moraes. Mesmo possuindo mandato e imunidade parlamentar, Assumção não tinha permissão para expressar-se.

A crítica do senador Magno Malta foi direcionada à ordem de prisão do deputado, emitida e executada uma semana atrás. Ele alegou que o Capitão Assumção era vítima de um “crime de opinião” devido às suas críticas ao ativismo judicial. As informações são do Diário do Poder.


Veja também

  1. Mesmo sem confirmação da efetivação dessa CPI, a só intenção de investigar e descobrir possíveis escândalos no futebol já pode ser considerada um golaço, quiçá o primeiro de muitos. Parabéns Romário.

  2. Ânsia desmedidda por exercer o poder é capaz de cegar um mínimo restante de sensatez do “aplicador de justiça” transformado em “justiceiro”.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *