O Ministro Das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (centro), Recebe Apoiador De Hamas (dir), No Palácio Do Planalto O Ministro Das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (centro), Recebe Apoiador De Hamas (dir), No Palácio Do Planalto

Padilha assinou manifesto pró-Hamas em 2021; leia na íntegra

Ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, assinou manifesto de apoio ao Hamas quando era deputado federal

Quando ocupava o cargo de deputado federal, Alexandre Padilha, atual ministro das Relações Institucionais, manifestou seu apoio ao grupo terrorista Hamas ao assinar um documento em 2021. Além dele, outros nove deputados do Partido dos Trabalhadores (PT) também colocaram suas assinaturas no manifesto.

Antes do ataque do Hamas contra civis israelenses no sábado, dia 7, Padilha recebeu a visita de Sayid Tenório, vice-presidente do Instituto Brasil-Palestina e assessor do deputado Márcio Jerry (PCdoB-MA), na sede do governo federal. A equipe do ministro afirmou que se tratava de uma visita protocolar. Essas informações foram divulgadas pela Revista Oeste.

Conheça a peça: “Sayid Tenório: quem é o apoiador do Hamas que se reuniu com ministro de Lula”

Na terça-feira 10, Jerry demitiu Tenório devido a comentários ofensivos que ele fez nas redes sociais sobre vítimas do Hamas. Esses comentários, que incluíam piadas sobre uma possível vítima de estupro, se tornaram virais. Tenório recebia um salário acima de R$ 20 mil na Câmara.

Acusada de mentir, Globo ‘desenterra’ manifesto controverso

A jornalista Mônica Waldvogel teve que se explicar no programa Em Ponto da GloboNews após receber acusações de divulgar fake news sobre as relações do PT com o Hamas.

A Globo esclareceu uma informação que se mostrou correta, endossando sua funcionária. Um manifesto de 2021 divulgado pela emissora mostrou que dez deputados petistas se solidarizam com o Hamas e não concordam com a classificação do grupo como “terrorista”.

Entre as assinaturas, estão as de Alexandre Padilha e Paulo Pimenta, que hoje também é ministro de Lula. Os outros deputados petistas eram: Zeca Dirceu, Érika Kokay, Rosa Neide, Enio Verri, Helder Salomão, Nilto Tatto, Padre João e Paulão.

Leia a íntegra do manifesto que Padilha assinou

“Resistência não é terrorismo!

Todo apoio ao povo palestino na luta por legítimos direitos. Os parlamentares, entidades e lideranças brasileiras que subscrevem este documento, [sic] expressam o seu profundo descontentamento à declaração da secretária do Interior da Inglaterra, Priti Patel, que atribuiu ao Movimento de Resistência Islâmico – Hamas, [sic] a designação de ‘organização terrorista’, alegando falsamente que o Movimento palestino seria ‘fundamentalmente e radicalmente antissemita’.

Este posicionamento representa uma extensão da política colonial britânica, em desacordo com a posição da maioria do povo da Inglaterra, que se opõe à ocupação israelense e aos seus crimes. Seu objetivo é claro: atingir a legítima resistência palestina contra a ocupação e o apartheid israelense, numa clara posição tendenciosa em favor de e tornando-se cúmplice das constantes agressões aos palestinos e aos seus direitos legítimos.

O direito à resistência assegurados [sic] pelo Direito Internacional e Humanitário, pela Carta das Nações Unidas e por diversas Resoluções da ONU, entre elas as de nº 2.649/1970, 2.787/1971 e 3103/1974, reiterando o direito de todos os povos sob dominação colonial e opressão estrangeira de resistir ao ocupante usurpador e se defender.

A resistência é um legítimo direito dos palestinos contra a ocupação e as reiteradas violações dos direitos humanos, bem como os crimes de guerra. Direito que [sic] os palestinos não abrem mão e para o qual, [sic] contam com o nosso apoio e solidariedade à sua causa de libertação e pelo seu Estado nacional palestino.

Brasil, 23 de novembro de 2021.”


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