Campanha gerou polêmica
A participação de um jovem trans na campanha de uma plataforma de educação, no Maranhão, foi criticada por parlamentares. O adolescente Alex Brito, conhecido como “Bota Pó” ou “Botinha” nas redes sociais, é o protagonista da propaganda sobre a iniciativa que auxiliará o ensino remoto de estudantes da rede pública do estado.
Segundo o portal Imirante, a deputada estadual Mical Damasceno (PTB) se manifestou sobre o caso. Ela parabenizou o projeto, mas questionou a escolha.
– Uma tentativa de empurrar goela abaixo uma visão distorcida do que pensam ser o progresso e o fim das diferenças – apontou.
– Queridos, façam as suas próprias conclusões, mas eu chamo isso de doutrinação ideológica com dinheiro público, um adolescente, um menino, que se veste de mulher, que ensina a se maquiar é quem representa os estudantes maranhenses na apresentação da plataforma de ensino a distância do Governo do Estado. Vários estudantes que se destacaram não foram escolhidos, qual a intenção que está por trás de colocar um adolescente, um menino que se veste de mulher e ensina a fazer maquiagem para falar numa plataforma dessa representando os estudantes maranhenses? E por favor, não se trata de questão de homofobia, a escolha e orientação sexual é um direito dele, inerente a ele e diz respeito apenas a ele, mas não posso admitir a utilização ideológica do Estado para normatizar a transexualidade na infância e adolescência. Deixem as nossas crianças em Paz! Vou repetir…Deixem as nossas crianças em paz! – acrescentou a deputada.
O senador Roberto Rocha (PSDB-MA) usou uma rede social para comentar o assunto, mas acabou apagando o post por ter sido considerado preconceituoso. Em uma nova publicação, ele destacou que não teve a intenção de ofender a pessoa contratada para protagonizar a propaganda.
– Hoje, 26/10, fiz um post criticando a propaganda do Governo do Maranhão de lançamento de uma nova plataforma educacional para crianças. Li comentários de que eu estaria ofendendo a digital influencer contratada para fazer a propaganda. Excluí o post para deixar claro que não foi essa minha intenção. Questionei a propaganda oficial, pois penso que cabe a cada família escolher o momento e a forma de abordar o tema sexualidade com suas crianças – declarou.
Não vejo o adolescente no caso como influência nenhuma para os outros, isto está na cabeça dos preconceituoso de plantão, lembrem-se que ele é um ser humano como todos, merece respeito e tem uma familia que o ama, independente de sua condição.