Pronome Neutro Está Proibido Em Escolas De Buenos Aires FotoReprodução Pronome Neutro Está Proibido Em Escolas De Buenos Aires FotoReprodução

Prefeitura de Buenos Aires proíbe pronome neutro nas escolas

Secretaria de Educação diz que a medida visa combater o mau desempenho escolar

A prefeitura de Buenos Aires, na Argentina, proibiu o uso da chamada linguagem inclusiva, como o pronome neutro, nas escolas sob sua jurisdição. Assim, certas palavras terminadas com “e”, “@” e “x” estão proibidas.

A decisão, que foi publicada no Boletim Oficial da cidade de Buenos Aires na última sexta (10), determina o seguinte: “Os professores de estabelecimentos de ensino devem desenvolver as atividades de ensinar e realizar comunicações institucionais de acordo com as regras da língua espanhola”.

Entre as considerações para essa decisão, segundo o jornal Clarín, está a determinação da ministra da da cidade, Soledad Acuña, que apresenta relatórios da Real Academia Espanhola e da Academia Argentina de Letras.

– O uso incorreto da língua espanhola faz com que as crianças tenham obstáculos – disse a secretária da Educação da capital, Soledad Acuña, citada pela agência estatal Télam.

As autoridades de Buenos Aires afirmaram ainda que a proibição da linguagem inclusiva faz parte das medidas para responder ao mau desempenho escolar. Mas a decisão foi recebida com críticas, porque, para muitos, a aparente correlação entre resultados ruins e linguagem inclusiva não é clara.

REPERCUSSÃO

Em entrevista ao canal de TV argentino C5N, o ministro da Educação argentino, Jaime Perczyk, disse que não proibirá a linguagem inclusiva em escolas a nível nacional. Ele se contrapôs à decisão de Buenos Aires afirmando que o país tem outras prioridades.

– A Argentina tem 24 províncias e estão focadas em ter livros, mais dias e horas de aulas. Primeiro devemos reafirmar a ideia de que a escola ensina línguas, matemática, mas que também ensina muitas coisas: integrar, amar, ser amado – declarou.

Já a Ministra das Mulheres, Gêneros e Diversidade da Argentina, Eli Gomez Alcotra, se pronunciou por meio do Twitter. Segundo ela, o ambiente escolar deve ser inclusivo e democrático e que “nada de bom se aprende com uma proibição”.


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