Thaméa Danelon, Procuradora Da República No Estado De São Paulo Foto Agência Brasil Rovena Rosa Thaméa Danelon, Procuradora Da República No Estado De São Paulo Foto Agência Brasil Rovena Rosa

Procuradora da República: “STF não pode cancelar este indulto”

Graça concedida por Bolsonaro a Daniel Silveira já é alvo de resistência

Nesta quinta-feira (21), a procuradora da República Thaméa Danelon explicou, por meio de vídeo em seu perfil no Instagram, sobre o indulto concedido pelo presidente ao deputado .

Na última quarta-feira (20), Silveira foi condenado pelo Tribunal Federal (STF) a 8 anos e 9 meses de prisão crimes de tentativa de impedir o livre exercício dos Poderes e coação no curso do processo.

Durante cerca de 40 minutos, Thaméa elucida sob ponto de vista técnico a decisão de mediante a Constituição.

– A graça é o indulto individual e é concedida pelo presidente da República. O indulto é concedido para um grupo de pessoas, como acontece todo ano no Natal. A graça é um indulto individual, como a que acabou de ser concedida ao Daniel Silveira. O presidente perdoou o Daniel, cancelou a condenação à pena de 8 anos e 9 meses de prisão. Está previsto na Constituição. Agora a pena está extinta – explicou.

A graça concedida por Bolsonaro já está sofrendo uma série de resistências. No entanto, a procuradora salienta que a mesma não poderia ser cancelada pelo STF. De acordo com ela, tal atitude do Supremo, enquanto Judiciário, seria uma “invasão no poder Executivo”.

– Eu entendo que o Supremo não poderia cancelar esse indulto individual concedido pelo presidente. Por quê? É uma prerrogativa do presidente da República. Se o STF vier a cancelar essa graça, será uma invasão no poder Executivo. Está escrito na Constituição que cabe ao presidente conceder a graça e o indulto. É um juízo discricionário do presidente. Se tudo o que o presidente fizer for questionado no Judiciário, não estaria sendo obedecido o princípio da tripartição dos poderes. Os três poderes que são independentes e harmônicos entre si: o Judiciário, o Legislativo e o Executivo – esclareceu.

Poucas horas antes do anúncio de Bolsonaro de conceder graça a Silveira, a procuradora da República e ex-coordenadora da Lava Jato listou em seu Twitter uma série de argumentos contra a decisão do STF. Ela defendeu que Daniel Silveira não poderia ser preso, processado ou condenado por crimes cometidos pela palavra. A defesa se baseia no princípio da imunidade parlamentar.


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  1. Não estaria na hora de aplicar o tão falado decreto 152? A corda já esticou tudo que tinha pra esticar. A constituição virou um maço de papel de banheiro, quem devia ser o guardião da constituição, São os que mais vilipendiam.

  2. Parabéns a esta procuradora que esclarece todas as dúvidas se o presidente,poderia assinar
    O INDULTO DO NOSSO PRESIDENTE

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