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08/09/2023

Ausência de áudio no vídeo do Aeroporto de Roma dificulta conclusão do caso Moraes

Polícia Federal enviará análise técnica das filmagens do aeroporto de Roma ao STF

No dia 11 de segunda-feira, a PF irá encaminhar ao STF uma avaliação técnica das gravações do aeroporto de Roma, referentes ao incidente de agressão que ocorreu em julho deste ano com o ministro Alexandre de Moraes.

De acordo com a jornalista Malu Gaspar, as imagens fornecidas pelo Ministério da Justiça italiano foram capturadas por três câmeras localizadas próximas à sala VIP em que Moraes estava presente durante o suposto evento.

Os especialistas encarregados da investigação acreditam que o documento irá confirmar a história de Moraes, embora destaquem a falta de gravações de áudio, o que dificulta a análise das conversas que ocorreram durante o tumulto. Essa restrição pode afetar a posição dos acusados de supostamente atacar o ministro, que alegam terem sido agredidos por Moraes e seu filho.

Em julho, ocorreu um incidente após Moraes participar de um evento jurídico em Siena, onde ele afirma ter sido abordado de forma violenta por um grupo de brasileiros no aeroporto de Roma. Um inquérito foi aberto para investigar a existência de ações violentas durante o incidente, sendo supervisionado pelo ministro Dias Toffoli. O grupo envolvido contestou a versão de Moraes, alegando que eles foram os provocados.

A Polícia Federal não considerou como prova válida um vídeo de dez segundos apresentado pelo advogado dos empresários envolvidos. Ao analisarem as gravações da área VIP do aeroporto, não foram encontrados indícios de desordens no momento em que os empresários supostamente confrontaram Moraes. No entanto, a ausência de áudio nos registros impede a confirmação das possíveis ofensas verbais, como alegado por ambas as partes.

Com base nas imagens registradas, o relatório pericial será um elemento essencial no inquérito final da investigação, com o objetivo de esclarecer a verdadeira natureza do incidente. A equipe de investigação considera a possibilidade de solicitar uma nova ordem de apreensão para ter acesso às gravações dos dispositivos móveis envolvidos.