Fachada De Um Dos Escritórios Da Odebrecht Fachada De Um Dos Escritórios Da Odebrecht

Governo Trump avalia reabrir investigação contra a Odebrecht nos EUA

Procurador questiona omissões no acordo da Lava Jato e cobra explicações de ex-integrante do Departamento de Justiça

O Departamento de dos (DoJ), sob a gestão do republicano Donald , está revisando o acordo de leniência firmado com a Odebrecht em 2016. O procurador-assistente Edward Martin enviou uma carta a seu antecessor, Andrew Weissmann, cobrando esclarecimentos sobre a negociação.

Martin é responsável por investigações que examinam possíveis abusos de poder em administrações democratas e levantou dúvidas sobre cláusulas do acordo conhecido como “Estados Unidos X Odebrecht”, considerado o maior esquema de suborno estrangeiro já registrado.

Omissões e contratos superfaturados

Segundo informações do jornalista Claudio Dantas, Martin avalia que o acordo omitiu detalhes de contratos superfaturados, o que teria impedido a reparação de vítimas.

Como exemplo, ele citou o projeto Rutas de Lima, no , onde a ex-prefeita Susana Villarán é processada por receber US$ 11 milhões em propinas das empreiteiras Odebrecht e OAS. As investigações da Lava Jato no país atingiram quatro ex-presidentes: Alan García, Ollanta Humala, Alejandro Toledo e Pedro Pablo Kuczynski.

Comparação com outros casos

O procurador destacou que, em outras investigações de corrupção envolvendo multinacionais, o DoJ detalhou os projetos impactados e identificou as vítimas, permitindo compensações financeiras. No caso da Odebrecht, no entanto, os prejudicados no Peru não foram indenizados.

Martin também revelou que Weissmann não respondeu a uma comunicação anterior enviada em março e fixou prazo até 7 de outubro para que ele se manifeste.

O acordo original

Em 2016, a Odebrecht admitiu ter pago US$ 788 milhões em propinas em 12 países e aceitou multa de US$ 3,5 bilhões. Desse valor, R$ 2,5 bilhões foram destinados ao fundo da Lava Jato no Brasil, depois extinto por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

No Brasil, o ministro anulou as provas fornecidas pela empreiteira em seu acordo, o que resultou na reversão da condenação de Marcelo Odebrecht e de outros executivos.


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