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Ministério da Justiça localiza cooperação internacional para provas da Odebrecht, após dizer que não tinha encontrado

Ministério da Justiça afirma que localizou cooperação internacional com a Suíça para recebimento de provas da Odebrecht

O Ministério da afirmou nesta terça-feira, 12, que localizou uma cooperação internacional com a Suíça para recebimento das provas pela Procuradoria-Geral da República (PGR), no âmbito do acordo de leniência da Odebrecht. A informação é da revista Veja.

A pasta havia informado ao ministro , do Tribunal Federal (STF), no final de agosto, que não havia encontrado em seus sistemas qualquer dado sobre a existência de cooperação internacional oficial para trazer ao Brasil, no âmbito do acordo de leniência da Odebrecht, os sistemas que geriam o “departamento de propinas” da empreiteira.

A nova manifestação do Ministério da Justiça foi apresentada no âmbito de uma petição do STF que tem como autor o advogado Rodrigo Tacla Durán, acusado pela Operação de operar contas da Odebrecht no exterior. Os esclarecimentos do DRCI sobre a cooperação jurídica internacional no caso Odebrecht foram enviados ao STF após Toffoli mandar ao órgão uma série de questionamentos a respeito dos trâmites para “importação” das provas.

Inicialmente, como revelou o Radar, a diretora do DRCI, Carolina Yumi de Souza, informou a Dias Toffoli que o órgão do Ministério da Justiça não havia encontrado os dados da cooperação internacional para a leniência da Odebrecht em seus arquivos. Essa primeira busca no Sistema de Gestão (SG) e no Sistema Eletrônico de Informações (SEI) do DRCI usou como “filtros” o número do processo do acordo de leniência da Odebrecht na Justiça Federal do Paraná e os termos “Drousys” e “MyWebDay B”, nomes dos sistemas usados pela empreiteira para gerir propinas a autoridades e políticos.

No novo documento remetido ao ministro, nesta terça, o DRCI diz ter identificado em seus sistemas, em uma nova pesquisa, um pedido de assistência em matéria penal para a obtenção da “cópia integral eletrônica dos dados relativos ao sistema DROUSYS”. Após pedido da PGR, a solicitação do DRCI foi enviada à Suíça, onde o material era mantido, no dia 3 de junho de 2016. O conteúdo do sistema da Odebrecht foi remetido no final de setembro de 2017 pelo país europeu ao órgão do Ministério da Justiça, que repassou as senhas do pendrive com o material à PGR em 2 de outubro daquele ano.

A diretora do DRCI diz a Toffoli que, para enfim localizar as informações, o órgão se valeu de uma pesquisa com dados mais detalhados, incluídos em uma nota pública divulgada pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) em 6 de setembro. O material publicado pela ANPR mostrou informações como os números de ofício e datas de envio do pedido de cooperação internacional.


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  1. Meu Deus do Céu! Que funcionários são estes que não conseguem encontrar informações requeridas pelo STF, o órgão máximo da justiça brasileira? Usaram “filtros simples” numa investigação desta importância, e irresponsavelmente respondem de forma rasa e oca???? E só agora se dão conta de que precisam “detalhar” os filtros??? Levaram um puxão de orelhas, crianças?????

    Isso parece piada, mas não é!!!

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