Grupo afirma que presença americana legitimaria políticas “anticarvão, antigás e antipetróleo” defendidas pela ONU
Um grupo formado por procuradores-gerais de 17 Estados norte-americanos enviou uma carta oficial ao governo dos Estados Unidos pedindo que o presidente Donald Trump não participe da COP30, conferência climática da ONU que será realizada no Brasil no próximo mês.
Os procuradores argumentam que a presença de representantes dos EUA poderia “validar políticas ambientais contrárias à administração Trump”, em especial aquelas que classificam como hostis ao setor de energia fóssil.
A solicitação foi encaminhada na quinta-feira (23) ao secretário do Interior, Doug Burgum, ao secretário de Energia, Chris Wright, e ao chefe da Agência de Proteção Ambiental (EPA), Lee Zeldin.
Críticas às diretrizes climáticas da conferência
O documento afirma que as propostas discutidas na COP30 seriam “anticarvão, antigás e antipetróleo”, sustentadas, segundo os procuradores, em “teorias climáticas frequentemente contestadas”.
“As políticas defendidas pela conferência representam uma ameaça direta à independência energética dos Estados Unidos”, declarou John McCuskey, procurador-geral da Virgínia Ocidental e um dos signatários da carta.
O grupo também argumenta que fontes de energia fósseis continuam sendo essenciais para sustentar o crescimento econômico, especialmente diante do aumento da demanda energética provocado pela inteligência artificial e pela expansão dos centros de processamento de dados.
Segundo McCuskey, a energia solar e eólica ainda apresenta custos mais altos e menor confiabilidade em comparação às formas tradicionais de geração.
Relatórios contradizem posição dos procuradores
Apesar das críticas, um relatório da BloombergNEF, divulgado em fevereiro, aponta que, em grande parte dos países, novas usinas solares e eólicas já produzem energia a custos inferiores aos de plantas de carvão e gás recém-construídas.
Especialistas destacam que a transição energética global tem se acelerado e que o abandono gradual dos combustíveis fósseis é considerado essencial para o cumprimento das metas climáticas do Acordo de Paris, do qual os Estados Unidos são signatários.
Estados signatários e reação do governo
Os procuradores que assinam a carta representam os Estados de Alabama, Arkansas, Flórida, Geórgia, Idaho, Iowa, Kansas, Louisiana, Missouri, Montana, Nebraska, Oklahoma, Carolina do Sul, Dakota do Sul, Texas, Wyoming e Virgínia Ocidental — todos de forte perfil conservador e economicamente dependentes do setor energético tradicional.
Até o momento, o Departamento de Estado dos EUA não se pronunciou sobre o pedido dos procuradores nem sobre a participação da delegação americana na COP30.As informações são da Revista Oeste.
Certíssimo, podem tentar alguma coisa aqui … Lula costuma eliminar seus desafetos