À medida que o número de casos aumentava, os ministros alarmados na França e na Áustria aumentaram as restrições de viagens. Paris cancelou os fogos de artifício da véspera de Ano Novo. A Dinamarca fechou teatros, salas de concerto, parques de diversões e museus. A Irlanda impôs um toque de recolher às 20h nos pubs e bares e limitou a participação em eventos internos e externos.
O primeiro-ministro irlandês, Micheál Martin, captou o sentido do continente em um discurso à nação, dizendo que as novas restrições eram necessárias para proteger vidas e meios de subsistência do vírus ressurgente.
“Nada disso é fácil”, disse Martin na sexta-feira à noite. “Estamos todos exaustos com a COVID e as restrições que ela exige. As voltas e reviravoltas, as decepções e as frustrações afetam muito a todos. Mas é com a realidade que estamos lidando ”.
Outras nações podem ir ainda mais longe. Os ministros do governo holandês se reunirão no sábado para discutir os conselhos de um painel de especialistas que recomendam um endurecimento do bloqueio parcial que já está em vigor.
No Reino Unido o governo já impôs a exigência de uso de máscaras em ambientes fechados e ordenou que as pessoas apresentassem prova de vacinação ou um recente teste de coronavírus negativo quando forem a boates e grandes eventos. Agora os cientistas estão alertando que o governo precisa ir mais longe para evitar que os hospitais fiquem sobrecarregados.
Na França, o governo anunciou que começará a dar a vacina a crianças de 5 a 11 anos a partir desta quarta-feira. O primeiro-ministro Jean Castex disse na sexta-feira que, com a variante ômicron se espalhando como um “raio”, o governo propôs exigir prova de vacinação para quem entra em restaurantes, cafés e outros estabelecimentos públicos. A medida está pendente de aprovação no Parlamento.
Manifestações estão planejadas para sábado em Paris para expressar oposição ao novo passe de vacina e às restrições governamentais em curso. Protestos também estão programados para ocorrer em Torino, Itália.
