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Trump confirma ações da CIA na Venezuela e eleva tensão militar no Caribe

Segundo o Washington Post, operações secretas podem ampliar pressão sobre o regime de Nicolás Maduro

O presidente dos Estados Unidos, Donald , confirmou nesta semana que a CIA está conduzindo operações encobertas na com o objetivo declarado de combater redes de narcotráfico ligadas ao país. As ações, contudo, segundo reportagem do Washington Post publicada nesta quarta-feira (22), fazem parte de uma estratégia mais ampla que pode incluir operações terrestres e visa enfraquecer o governo de Nicolás Maduro.

De acordo com o jornal, a autorizou uma série de movimentações navais e operações secretas no Caribe e em territórios próximos à Venezuela. Fontes do governo americano, ouvidas sob anonimato, afirmaram que, embora oficialmente enquadradas como parte de uma ofensiva antidrogas, essas ações têm como meta política aumentar a pressão sobre o regime chavista e provocar fissuras nas venezuelanas.


Operações militares e ações encobertas

O Washington Post relata que o Pentágono deslocou navios de guerra, aviões de reconhecimento e unidades de elite conhecidas como “Night Stalkers”, especializadas em operações rápidas e de precisão, para o mar do Caribe. Essa presença militar ampliada teria gerado preocupação entre países latino-americanos, reacendendo temores de uma intervenção direta dos EUA.

Em comício realizado na Flórida, Trump confirmou que autorizou “ações especiais da CIA” na Venezuela, mas negou planos de invasão.

“Estamos combatendo cartéis de drogas e regimes corruptos que destroem nosso hemisfério”, declarou o presidente.


Objetivo: enfraquecer Maduro

Analistas consultados pelo jornal norte-americano afirmam que a estratégia busca isolar politicamente Maduro, estimulando deserções internas e divisões no alto escalão militar.

“O que está em curso é uma estratégia de estrangulamento político e psicológico”, disse um ex-oficial de inteligência ouvido pelo Post.

O governo venezuelano reagiu com veemência, classificando as ações como uma “ameaça imperialista”. Em rede nacional, Maduro afirmou que o país está “preparado para qualquer agressão” e anunciou exercícios militares de prontidão.


Risco de escalada internacional

Diplomatas latino-americanos e representantes da ONU expressaram preocupação com o risco de uma crise regional caso os EUA avancem com ações militares. Rússia, e Cuba, aliados estratégicos de Caracas, condenaram publicamente as movimentações norte-americanas e pediram respeito à soberania da Venezuela.

Apesar do tom beligerante, não há indícios concretos de uma invasão terrestre. Especialistas acreditam que Washington pretende testar a resistência do regime e aumentar seu isolamento diplomático, evitando por enquanto um conflito direto.


Cenário político incerto

A Venezuela atravessa uma crise política e econômica que se arrasta há mais de uma década. Desde 2019, os EUA reconhecem o opositor Juan Guaidó como presidente legítimo, mas sua influência diminuiu internamente nos últimos anos.

A atual postura de Trump — mais agressiva e intervencionista — representa uma mudança de direção em relação à política de contenção e sanções graduais adotada por administrações anteriores.

O Washington Post observa que o “clima de guerra fria tropical” gerado pelo reforço militar no Caribe pode ser o prelúdio de uma das maiores crises hemisféricas das últimas décadas.

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