Apelo das autoridades britânicas para que pessoa misteriosa infectada com a cepa ‘brasileira’ da Covid-19 apareça

Eles são um dos seis casos conhecidos no Reino Unido.

As autoridades de saúde na Inglaterra estão procurando por uma pessoa não identificada que foi infectada com uma mutação ‘variante brasileira’ do SARS-CoV-19 e escapou do radar.

A cepa P1 foi detectada pela primeira vez em pessoas que vinham da cidade brasileira de Manus para o Japão e se assemelha à chamada variante sul-africana, que é mais infecciosa do que as variantes ‘regulares’ do vírus. As amostras coletadas de seis indivíduos foram sequenciadas como parte da pesquisa nacional do Reino Unido sobre as mutações de Covid-19. Public Health England (PHE) não conseguiu determinar quem forneceu um deles, informou a organização no domingo.

O teste da pessoa misteriosa foi inicialmente processado em 14 de fevereiro, antes de ser adicionado à fila de sequenciamento. O PHE está convocando aqueles que forneceram amostras nos dois dias anteriores e que não receberam o resultado ou não preencheram o cartão de registro do teste, que se apresentem imediatamente. A amostra provavelmente foi coletada em casa ou em um site local conduzindo uma onda de testes, acreditam as autoridades de saúde.

Existem dois outros casos de variantes P1 em uma residência em South Gloucestershire. Ambos os indivíduos chegaram a Londres em 10 de fevereiro em um voo da Swiss Air de São Paulo através de Zurique. Mais duas pessoas na mesma casa tiveram resultado positivo para Covid-19, mas levará mais tempo antes que suas amostras possam ser sequenciadas para determinar qual variante do coronavírus as afetou.

Os outros três casos foram detectados na Escócia e conectados a um vôo para Aberdeen vindo do Brasil via Paris e Londres. As autoridades escocesas disseram que os três isolaram-se em casa como deveriam e que a transmissão futura é improvável.

O mesmo foi dito dos dois casos na Inglaterra, mas, no entanto, um teste de onda de uma semana foi lançado para pessoas em cinco áreas de código postal de South Gloucestershire. Sara Blackmore, diretora de saúde pública de South Gloucestershire, disse que a medida era de precaução e que as infecções identificadas eram uma “situação muito contida” .

P1 é uma das várias variantes que os epidemiologistas consideram preocupantes. Possui várias mutações semelhantes à linhagem B1.351, que foi identificada pela primeira vez na África do Sul. Uma variante possivelmente mais contagiosa designada B1.1.7 também surgiu no próprio Reino Unido. Ainda não está claro se é possível conter a cepa P1 ou se não fazê-lo teria consequências importantes para o desenvolvimento da epidemia no país.

Todos os cinco casos conhecidos aconteceram antes de o governo britânico introduzir medidas de quarentena mais duras para pessoas que chegavam em voos internacionais. As restrições, incluindo uma estadia obrigatória em um hotel em quarentena, foram anunciadas no final de janeiro, mas não entraram em vigor até 15 de fevereiro. A quarentena se aplica a viajantes que chegam na Inglaterra de 33 países da “lista vermelha” e a todos os viajantes internacionais que chegam Na Escócia.

A oposição disse que a descoberta da variante P1 em solo britânico mostrou que o governo conservador era muito lento em ordenar a quarentena. O secretário do Interior Trabalhista da Sombra, Nick Thomas-Symonds, chamou o atraso de “imprudente” e disse que “a recusa contínua de estabelecer um sistema abrangente nos deixa expostos a mutações vindas do exterior”.

Nadhim Zahawi, o ministro das vacinas, defendeu medidas do governo, dizendo que o sistema que ele introduziu era “robusto” .

Com a identidade da operadora desconhecida, alguns comentaristas online especularam em tom de brincadeira se poderia ser alguém ligado ao governo, enquanto outros expressaram frustração geral sobre a situação.

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