Antonio Braz De Souza Vai Representar O Brasil No Comando Da CTF Antonio Braz De Souza Vai Representar O Brasil No Comando Da CTF

Brasil assume o combate à pirataria na guerra do Mar Vermelho

Região representa mais de 10% das exportações globais

Em janeiro, a liderança da Combined Task Force (CTF) 151 – Força-Tarefa Combinada, foi assumida pela Marinha do Brasil. Efetivamente, a entidade brasileira começou a gerenciar forças navais em operações de luta contra a pirataria no Mar Vermelho.

A área é uma das mais importantes rotas marítimas globais, abrangendo o Golfo de Áden, a Bacia da Somália e o Mar da Arábia. No contexto de tensões entre nações ocidentais, particularmente , e o grupo terrorista Houthi no Iêmen, o Brasil está no comando da força-tarefa.

A Comando da Task Force (CTF) está sendo dirigida pelas Forças Marítimas Combinadas (CMF, conforme a sigla em inglês), a mais extensa coalizão naval do planeta. Estabelecida em 2001, a CMF tem como finalidade combater a pirataria, o terrorismo, os crimes transnacionais e as ameaças à navegação no Golfo Pérsico, Mar Vermelho e áreas adjacentes.

Brasileiro Nomeado para Liderar Força-Tarefa Internacional

Em 23 de janeiro, o comando rotativo foi entregue ao contra-almirante Antonio Braz de Souza. Esta é a terceira ocasião em que o Brasil assume essa missão, que tem uma duração de três a seis meses.

“Ao aceitar o convite para liderar esta força mais uma vez, a Marinha do Brasil, primeiro país sul-americano a desempenhar papel de destaque nesta coalizão marítima multinacional, reafirma sua dedicação à comunidade marítima e, particularmente, às Combined Maritime Forces”, afirmou o contra-almirante durante a cerimônia de assunção de Comando.

Souza afirmou que “esse compromisso visa intensificar a segurança e estabilidade global, contribuindo para o bem-estar coletivo.”

“O almirante revelou ao Folha de S.Paulo que “A CMF é uma coligação de interesses, não prescreve nível específico de participação de qualquer membro e seus elementos subordinados, como a CTF-151, e não pode participar em conflitos armados”.

Souza esclarece que “um navio dessa CTF pode efetuar procedimentos para a sua autodefesa”. “Segundo a ONU, [o navio] também tem a possibilidade de defender embarcações de seu país contra ataques, como aqueles que prejudicam os direitos de navegação.”

Segundo reportagem do jornal O Globo, o contra-almirante teve participação em diversas missões no Oceano Atlântico Sul. Uma dessas operações foi o salvamento dos sobreviventes do acidente com o voo 447 da Air France, em 2009.

Também foi Sousa quem liderou missões de “pesquisa oceanográfica” e atuou como conselheiro-chefe no “programa de desenvolvimento de submarinos”.

A Crise Emergente no Mar Vermelho

Desde que o conflito entre Israel e o Hamas, considerado um grupo terrorista, começou, os houthis, que dominam uma parte do Iêmen com apoio financeiro e militar do Irã, têm atacado embarcações comerciais que passam pelo Mar Vermelho. Esta área é uma das rotas marítimas mais movimentadas do planeta. Mais de 10% das exportações globais passam por essa região. As informações são da Revista Oeste.


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