Estudo: Resfriado comum suprime infecção por COVID-19

A infecção por rinovírus humano bloqueia a replicação do SARS-CoV-2 no epitélio respiratório: implicações para a epidemiologia do COVID-19

Bem quando você pensou que a loucura Covid não agüentava mais reviravoltas, aí vem outra, mas é melhor você se preparar. O correspondente científico da BBC, James Gallagher, tem uma revelação surpreendente de que o resfriado comum (o rinovírus) pode suprimir o COVID-19 porque é tão difícil que o vírus SARS-CoV-2 é empurrado para fora do caminho para abrir espaço para ele.

A notícia vem do Journal of Infectious Diseases.

O rinovírus humano desencadeia uma resposta imune inata que bloqueia a replicação do SARS-CoV-2 no epitélio respiratório humano. Dada a alta prevalência de rinovírus humano, esse efeito de interferência pode causar uma redução em toda a população no número de novas infecções por COVID-19.

Do ponto de vista do hospedeiro, as infecções por HRV [Rinovírus humano], que geralmente estão associadas a doenças leves, estimulam uma resposta antiviral que evita infecções por vírus mais graves (e às vezes letais) como o SARS-CoV-2.

Gostas disso? Portanto, suprimindo COVID-19, poderíamos suprimir com sucesso o próprio vírus que poderia ter ajudado a proteger contra ele. Brilhante. Não apenas isso, mas também suprimindo todos esses vírus, parece que se tornou muito mais difícil descobrir onde o vírus SARS-CoV-2 fica no mundo implacável das hierarquias de vírus. É por isso que demorou tanto para esta revelação surgir.

Se isso soa como uma boa notícia, esqueça. Graças à supressão de todo o resto, a imunidade natural para essas doenças normais caiu, então os ‘especialistas’ já estão fazendo fila para alertar sobre uma consequência apocalíptica. Todos nós ficaremos doentes de doenças que normalmente não seriam tão graves.

James Gallagher continua:

A Dra. Susan Hopkins, da Public Health England, já alertou para um “ inverno rigoroso” como resultado.

“Podemos ver picos de gripe. Pudemos ver surtos de outros vírus respiratórios e outros patógenos respiratórios ”, disse ela.

Como disse Basil Fawlty:

No cerne disso parece estar a crença arrogante de que podemos controlar a natureza porque somos muito inteligentes. O fato de já estarmos imersos em uma teia imensamente complexa de interações de vírus não parece ter ocorrido a alguns dos especialistas tão rotineiramente chamados para se pronunciar sobre como devemos viver nossas vidas. Nem a engenhosa ‘modelagem’ parece ter levado nada disso em consideração.

Talvez o artigo do Journal of Infectious Diseases tenha entendido tudo errado. Mas, de alguma forma, o artigo tem um tom sinistro de verdade.

Fonte: Journal of Infectious Diseases